Canto do escritor:
Sente-se e sinta-se à vontade!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Alguns momentos com Dan...


acorda sem sentir o hálito deste dia, o frio adentra pela janela, e os raios noturnos ou raios solares não existem, no firmamento há apenas um vento indigo e sonolento que parece caminhar para lugar algum. Dan proucura roupas limpas, apenas agora percebe que tem passado tempo demais na casa do namorado. Descobre um mister agridoce em sua boca. Hoje dezeseis de julho, onde exatamente vinte oito anos se passam em sua vida pomposa e agitada. Inumeras mulheres já passaram por sua cama, todas amaram-o e todas deixaram-o, por que ele é um ser fantastico de olhos preguiçosos, olhos que tem o poder de despir qualquer alma cada vez que olha  nos olhos de alguém, sem a força para lutar as mulheres de sua vida fogem, antes delas se perdessem de vez na imensidão do mar que são tais olhos, á deriva ela abandonam-no.
Veste-se, escreve um bilhete para Caio e sai furtivo naquele ainda claroescuro e nublado momento. Dirige seu carro sem pressa. É uma fria quinta-feira, e em uma cidade como essa; em uma cidade grande como essa nunca se pode livrar-se totalmente do caos, da hiperatividade e da esquizofrenia frenetica urbana que nela está arraigada. O tempo não corre, não anda nem para trás ou para a frente.
Pelas ruas frias, fétidas e frívolas da cidade, Dan aponta seu olhar, em todas as direções, como  uma arma de fogo engatilhada pronta para atirar, ele mira em policiais em viaturas, policiais bolinando crinaças de quatorze, quinze anos em uma ruela escura; prostitutas de seios fartos e maquiagem borrada se exibindo para homens, afim de comprar o almoço das crianças; viu um homem sendo sodomizado em uma praça publica; sexo oral,  crack nas ruas; corações partidos e para cada emoção louca ele também presencia uma apatia igual ou dieferente.
 Assim que chega à praia, as ondas revoltas se acalmam e se animam para beija-lo. Ele parece um espectro elegante dentro do sujo terno italiano, a areia úmida comunga perfeitamente com seus pés descalços. Desde que acordara este é o primeiro miomento que respira, é uma respiração nova em sua vida; de repente a lembrança de Caio lhe renova o sorriso também, assim como seu prazer sexual.
Ao ermo um pouco ao longe contra a uma luz vindoura um ponto negro com faiscas eletricas. Dan se anima para andar até lá, e para sua surpresa ele encontra um belo pick-nick,com bolo de aniversário e tudo. A voz é firme e animada, jovial.
- Feliz vinte e oito Dan!
-Obrigado! Audrey.
- Eu quase perdi a esperança que tu fosses chegar.
- Sem querer ser indelicado, mas eu esqueci que eu tinha de te encontrar aqui hoje.
- Nós não marcamos nada, eu sabia que tu vinhas para cá.
-Como, querida, se nem eu mesmo sabia que vinha?
- Por que aqui é teu lugar favorito de ficar e eu te conheço muito bem. Senta ai, come  um pedaço bolo e diz que está bem. - No fundo ela estava pedindo para ele dizer que a amava. E ela sabe que estes olhos incriveis que a miram não a percentem mais.


A. A

terça-feira, 13 de julho de 2010

o testemunho de Caio.

meu nome é John Caio de Oliviera Wintersun. agora estou caído de boca em uma tempestade de sentimentos que crescem como um agravante de um mister misterioso... eu tenho 18 anos... eu amo futebol futebol futebol... passo muito tempo do meu tempo falando jogando futebol. eu estudo medicina na melhor universidade desta cidade. a medicina entrou na minha vida como tudo ou quase tudo meus pais ecolheram a minha profissão como quase todo o meu destino. Kyle Wintersun e Dóris de Oliveira são meus pais... ele era estadunidense e ela brasileira assim como eu. deve ser por isso que eu idolatro o futebol. eu era um bom filho único agora sou um magoado filho órfão. há um buraco  em meu cérebro? eu acredito que tenho um buraco negro em minha consciencia... e por mais que eu entenda a fisiologia dos sentimentos (eu estou frustrado)eu não consigo externar a dor de minha perda. investigo minhas memorias descubro que eu não choro. eu não lembro de ter chorado nem por alegria dor ou tristeza. eu devo ser algo excepcional. eu sim eu Caio tenho 18 anos e estudo medicina eu também amo um homem  que me ama. este meu amado amante se cham Dan Theodor Wintersun ele é meu primo que dez anos mais velho. eu sei que o amor não passa de enzimas e descargas eletricas que te vicia em alguém ou algo. quero dizer que o amor nada mais que o torpor dos nossos sentidos na projeção que fazemos de perfeição em outra pessoa... como eu ja disse eu entendo a fisiologia do amor mas eu estou viciado em Dan. viciado em seu corpo glabro seus  lábios vermelhos em seus braços em seu entendimento das engrenagens do mundo. Dan me pediu em casamento. minhas pernas ainda vacilam ao toque incendiador de seus dedos que abrem para o nosso prazer. ontem à noite eu transei pela primeira vez. a voz de Dan ficava mais rouca e grave a cada palavra que luxuriosa que ele falava para mim ao meu ouvido palavras ternas e calidas mas exicitantes tais palavras penetravam diretamente meu entendimento do universo que cabe dentro do sorriso do meu Dan. todo ele me queima por dentro com o sabor de meu desejo por te-lo cada vez mais dentro de mim.será que o principe encantado pode  casar com outro principe encantado? Dan está sentado ao meu lado todo a nossa familia está presente. o advogado do meu pai está a ler o testamento deles para mim... tudo o que era deles é meu agora e meu ouvido perdeu o dom de ouvir não ouço nada. há um sentimento estranho que aperta meu estomago. disfarçadamente minha mão tateia o ar em busca de conforto e a mão de Dan encontra a minha  ele me conquista dedo a dedo até fincar em minha vida a bandeira com seu simbolo. eu passo a sentir o calor de sua respiração. o hálito quente de seus olhos adentrando cada vez mais profundamente minha emoções e meu corpo.  Dan me abre me folheia me le e me fecha como seu livro favorito. eu deito minha cabeça em seu ombro. ele ainda segura minha mão. o cheiro dele me transporta para a noite passada minhas pernas vacilam ao toque de suas mãos que despem minha roupa eu sinto o peso de seu corpo sobre o meu. eu entregando minha vida a primeira pessoa que amei sem reservas magoas. eu me entrego ao poder avassalador e gigantesco que este homem tem sobre mim. meu homem. eu consigo ouvir as batidas do coração dele que tranquilamente acompanha as batidas de meu coração . tudo parece sombrio hoje... hoje eu acordei sem virgulas. todas as minhas virgulas foram arrancadas como toque imponente e ardoroso de meu Dan.



Alonso dos Andes

sexta-feira, 7 de maio de 2010

28° ( 1° parte)

-Existem os dia em que se quer apenas deixar de querer qualquer coisa. Estou nesses dias mamma. Não vou querer sair daqui. Sim, estou bem, muito bem. Não, hoje não vou trabalhar. Acho que é resfriado sim. Até mais, mom. Te vejo mais tarde. Bye Mom.
Os olhos vermelhos, o disconforto para respirar deixam Dan ainda mais cansado, até mau-humorado. Nas ultimas duas semanas o quarto de Caio é o lugar que mais frequentou. Também é  o único lugar que deseja estar. o Mau-humor lhe corroe os olhos e o seu estomago.
O estrondo da bateria sopra por toda a casa, faz o jovem empresário lembrar de quando tinha dez anos menos do que tem agora. No closet pega um calção vermelho de boxe. As roupas de Caio exalam o perfume de adolescente, até mesmo aquelas roupas as quais ele nunca usou. O cheiro do desejo. Dan segue a música, até encontrar o noivo totalmente   distraido em quanto exercita sua música.
- Eu estudei bateria durante muito tempo. Tenho uma. Sabia?
- Sabia, sim. Os meninos da minha turma montaram um banda de rock  e me pediram para ficar na bateria.
- O teu amigo Dom faz parte da banda?
- Aquele chato. Só ouve música classica, toca música classica, só canta música classica. Segundo ele o rock é música de selvagens, mas ele se veste como um.
- Se tu quiseres eu te dou aulas particulares de bateria.
                                                          ..
Roupas caidas no chão. Os corpos de um Adonis sobre o corpo de um Apolo, em um frenetico e selvagem, como dois leões, acto sexual. Os cabelos, o hálito, os dois corpos eram a mesma coisa, eram os dois um. Ao lado a bateria morta sem nada mais cantar apenas olhando para o piano também calado. Ao fim do sexo como é de costume os dois se deitam lado a lado para sonharem juntos.
- Acho que tu precisas discansar Dan. Par os remédios fazerm efeitos.
- Mamma me ligou ainda a pouco. Ela ta fazendo alguma coisa, a conheço.
- Tu nem disconfias?
- Não. Hoje eu vou dormir em casa, tem algum problema para ti?
- Sem problemas. Vou ficar estudando um pouco. E tenho que localizar uns amigos.
- Fico preocupado, tu moras num lugar afastado e só.
Quando os lábios de Caio procuram o de Dan, eles tornam qualquer momento eterno.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Audrey e Caio

Dan entrou mais uma vez no grande predio onde trabalha deixando Caio na recepção; sua cabeça lateja, nunca sentiu tanta enxaqueca de uma só vez. A vermelhidão da face e dos olhos a procupam assim que ela o avista.
Audrey: - Tu estás bem?
Caio: - Estou acometido por uma cefaleia irritante.
Audrey: - Cefaleia. (ela ri nunca viu alguém jovem usar esse vocabulario) Queres um analgésico? Tenho um na bolsa.
Caio: - Auto-medicação não é uma coisa boa. Acabei de tomar um remedio. Eu posso, eu sei o que estou e para que estou tomando.O brigado mesmo assim.
Audrey: - Tu é um fofo. Dan tinha razão sobre ti.
Caio: - Razão? Sobre o que?
Audrey: - Como a alegria parece transborda de ti.
Caio: Tu me odeias?
Audrey: - Por que motivo eu te odiaria?
Caio: - Por eu estar com o Dan agora.
Audrey: - Por isso? Não éramos mais namorados. Tu estás fazendo bem a ele. Sinto um pouco de inveja de ti. Ele nunca ficou tão feliz ao meu lado. Amar é deixar a pessoa livre para o bem dela.
Caio: - Ele me faz feliz. eu o amao.
Audrey: - Ele vai ficar deprimido muitos dias a fio, é sério demais, e se teus amigos o acharem um chato o que vais fazer?
Caio: - Eu ficarei do lado dele?
Audrey: - Meu medo é tu não aguentares a pressão. Eu não aguentei, eu o deixei por seis meses, quando tentei voltar era tarde.
Caio: - Sou mais forte do que pareço.
Audrey: - Toda mulher que o conhece se apaixona por ele. Eu sei, eu vi. Eu mesma não resisti. Tens de está preparado para isso, para as mulheres que o desejarem.
Caio: - Não sou ciumento.
Audrey:- Nem eu era antes de ama-lo. Mais acabei me tornando possessiva. Ele é melhor coisa que ja me aconteceu e deixei ir. Não faça o mesmo. Ele não suportaria.
Ele a abraça, como aquela mulher precisava do conforto deste abraço.
Caio: - Eu vou cuidar dele. Não se preocupe.


Alonso dos Andes

terça-feira, 30 de março de 2010

amor



são morenos os olhos inquietos.  é pequena a boca vermelha salvadora . é glabo o corpo onde embala-se. são  tranquilas as mãos que segura, mãos que escolheu para pertencer. abre bem suas percepções para sorver o cheiro  que tanto se delicia. quer cada vez mais se embriagar no gosto doce desta pélvis.  a música  em tom de  baritono desentoa o equilibrio que precisa agora.  as pernas no ar formam uma mascula borboleta.  é arte extasiante o suor descendo pelo corpo daquele que ama. ele não pega sol, a pele é pálida e soltam faíscas eletricas. ele não precisa de sol, de energia solar, não, ele não precisa, ele é a própria força da aceleração. da testa dele cai uma gota certeira  em sua língua. a testa produz cada vez mais gostas salgadas deliciosas. ele é a própria força da aceleração. estão ofegantes. ele está em estado de graça. como se estivesse em um jardim secreto particular cheio de maravilhas. olhar seu rosto feliz de prazer é a forma mais deliciosa de viver. os lábios quentes provocam um frio na colouna vertebral. os olhos morenos cerram-se.  e com os morenos olhos fechados ele corre cada vez mais rápido para dentro do seu jardim secretamente espetacular, jardim mágico.  olhos morenos e sorriso glorioso. a força da aceleração termina com a voz de baritono dizendo: " - eu te amo!" Ele está lívido,  lépido. agora deitado passa a mão nos pelos do coração. ainda está glorioso. a testa molhada. mais uma vez se ouve: " - eu te amo!". agora apenas a chuva e sua ópera. Dan e Caio dormem tranquilos. ah! O AMOR.


Alonso dos Andes

segunda-feira, 15 de março de 2010

Futebol ( 2º parte)





Fazer tudo certo, arrumar as condições corretas e ainda assim perde o jogo, isto deixa tudo mais dificil, mas arduo. Ser o Perdedor de tudo deixa um gosto amargo na boca. É com esse gosto amargo que Caio está. O gramado torna o sentimento  maior .
As sombras absortas dentro do entendimento traem a confiança em si mesmo, se sente a pior pessoa do mundo; o gosto do veneno penetra-lhe, está consumido, caído, morto.
- Ei. Tu podes ficar aí triste e abatido como um fracassado, ou podes ir a luta. -As palavras soam longe. - Eu estou contigo, cara. Isso não é coisa que se fale as pessoas.
- Fred, do que tu estás falando? Eu não vou fazer nada. Afinal de contas por que tu queres me ajudar? Tu me odeias. - Caio está serio, seu semblante feliz cede lugar a uma angustia. Há varias dúvidas. Seu bom humor dá lugar há raiva. Ela o  corroe.
- Eu não te odeio! - Olhar insisivo de Caio para Fred, faz este ri. - Tá certo, eu te odeio, mais odeio muito mais gente preconceituosa. Levanta daí, e vamos a luta, tu vais deixar ele te chamar de aberração e sair impune.
- Pode ser. Eu não estou me sentindo bem agora. - Não sei o que há comigo.
- Eu sei. Isso acontece quando se sofre algum tipo de discriminação. É a primeira vez que isso acontece contigo, é a primeira vez que saiste do teu mundinho lindo e gracioso. Agora tu sabes como eu me sentia na escolal, ser tratado mal por ser não ter grana, ou por transar com homens não é igual, eu sei, mas causa uma ferida quase impossivel de ser tratada. Qual é Caio? Sempre se soube dos meninos que assumiram e foram rejeitados, mas tu tem grana e status, a gente pode mudar isso. Aquele homofóbico tem que se ferrar.
- Fred, a vaga é tua, faça bom proveito dela.
- Não é a mesma coisa do que tira-la de ti. E a questão vai além disso, o preconceito existe dentro do esporte, afinal de contas quantos atletas tu conheces que são gays assumidamentes? Isso tem que mudar, porque eu acho uma hipocrisia.
- É realmente temos que fazer alguma coisa. Mas por que tu estás me ajudando, agora?
- Não gosto de ver ninguém sendo hulmilhado, que nao seja por mim.  E pelo tempo que fomos amigo.
De espirito renovado ambos saem e o Sol brilha mais intenso.



Aloso dos Andes.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Futebol ( 1° parte)

perceber o mundo ao redor quando se muito jovem pode ser um grande choque, principalmente quando não se tem mais idade para fazer o que antes se podia fazer....


O jogo foi marcado para às nove horas da manhã de um sábado. Caio iria disputar uma vaga em um time importante, se passar no teste fará parte do time nacional sub-18,um passo para o profissional, mundial e olipiadas. Isso seria a realização de uma vida, para qualquer garoto de dezoito anos. Caio não é diferente. Uma surpresa ao chegar, uma figura que não via há meses. Um antigo amigo de escola transformado em rival, esse é Fred dela Rocque. Ele está conversando com Anderson, o técnico, os dois conversam empolgados sobre algum assunto que deve ser muito pitoresco, já que ecoam. O treinador se anima com a chegada de seu favorito, abre um sorriso gigantesco.

- Grande Caio, tenho uma coisa para te avisar, terá uma disputa no meio de campo entre tu e o Fredão aqui. Só posso ter um dos dois no time como titular, quem se sair melhor fica com a vaga e o outro será o reserva. Agora, não quero frescura e vão logo se aquecer!

Aos poucos os outras pessoas foram chegando, tanto para assistir o jogo, quanto para jogar. Cai uma chuvinha fraca, magrecela, daquelas bem megeras, impassaveis. Enquanto se aqueciam os odis se entre olhavam. Há uma satisfação sarcastica e zombeteira no rosto de Fred, enquato para Caio sobram uma grande interrogação misturada a uma irritabilidade que ainda está sobe controle.

- O que tu estás fazendo?

- Estou me aquecendo. Como alguém que estuda medicina e pratica esportes, tu mais que ninguém, deveria saber a importancia de um bom aquecimento muscular antes de atividades fícas em geral.

Caio quase esqueceu como o rival poderia ser irritante, principalmente quando se faz de desentendido. Aquele riso amigavel nos lábios são puro veneno para o bom-humor de que o conhece.

- dela Rocque, tu não és zagueiro? O que tu está fazendo no meio-campo?

- Caio, meu amigo, na escola tu eras goleiro. Depois mudou. Eu fiz o mesmo, por que nada me daria mais prazer do que te ter como meu reserva. À propósito, eu soube dos teu pais, meus pesames.



Dan está com um aspecto cansado, de quem mal dormira, junto com ele está Audrey, ela, na última semana tem dado um grande apoio aos dois, contudo Caio tem fugido, nem se quer conversaram ainda.

Para os dois espectadores especiais da partida, este esporte é de um trabalho herculeo, algo totalemnte impossivel de ser realizado. Cervejas, cigarros, gritos euforicos, palavrões, uma torcida animada, basicamente composta de familiares e amigos dos jogadores, fora alguns olheiros esperançoso de encontrar um novo Pelé, ou Puskas.

O jogo é dificil. A finalização de Caio foi digna do que chama de futebol arte, o resotado foi um belo gol, que deixa a torcida em estado de graça. Do gramado Caio sauda Dan com beijos, este ruboriza na arquibancada.

- Isso o que da ter um futuro marido jogador de fubol. - Cochicha Audrey no ouvido de Dan.

O apito ressoa pelo campo, finalmente jogo encerrado. Apos esperar alguns minutos Caio finalmente aparece; Dan está quase dormindo no banco do motorista.

- Belo jogo meu amor, foi lindo. - Caio o abraça e beija, demoram algum tempo.

O treinador parece surpresso com o que ver. Fica vermelho. As apresentações são feitas. Ele nem liga para o homem a sua frente, apesar de falar com o mesmo. Anderson não pode acreditar que seu melhor jogador podesse fazer algo assim, mas guarda para si sua opnião.

- Rapaz, precisamos conversar, é inadiavel, me acompanhe ate o vestiario.

E um canto e em silencio, Fred se organiza para tomar um banho. O treinador não é um homem de escolher as palavras,muito menos de fazer rodeios, mas o caso pede.

- Tu sabes o motivo que leva garotos pobres, como eu fui, a se tornar jogadores de futebol? - Caio prefere o silencio a tentar uma resposta, mas seu olhar é firme. - Por que eles sonham, nao apenas por gostar de futebol, mas por muitas das vezes ser a única coisa que sabem fazer, então eu não posso retirar a vaga de alguém que precisa para uma pessoa como tu. Desse time tu estás dispensado. Boa sorte.

Sem entender direito, Caio peder um momento para analisar a situação.

- Desculpe, mas desde quando o fato de eu ter dinheiro atrapalhou eu de jogar futebol? Pelo contário, eu me esforço mais que todos.

- Não estou falando de tu seres rico, e sim, uma aberração. Não há lugar para gays aqui.

- Se tu disseres que eu sou mediocre, ruim, um pereba, Mas isso? Eu não aceito.

- Não há lugar para doentes como tu e aquele tal de Dan no futebol, e no que depender de mim tu nunca mais irá jogar futebol, neste país. Boa sorte como médico rapaz.

- Anderson isto aida não terminou.

- Acredite, acabou, para ti acabou.

O que se pode dizer quando estamos fracos diante do preconceito, principalemnte de onde menos esperamos?







Alonso do Andes

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

o Começo (2° parte)



Há uma estranheza nos corredores da Wintersun Corp. A estranheza se dar por vários motivos; Dan chega atrasado, sua face sisuda está amenizada e ao seu lado um garoto, que até chega a lembrar-lo quando jovem. As ordens que são dadas como sempre: simples, explicadas, diretas se chocam contra aquele clima ameno e temperado.
As horas passam lentamente para Caio, sentado no sofá daquele escritório o tédio começa a lhe dominar. A fotografia dos antigos presidentes da empresa lhe encomodam, seus antepassados, seu próprio pai, o ambiente em si o machuca e na verdade ele não sabe o que está sentindo, estando pela primeira vez naquele lugar tão importante para todos que ele ama e amou. Pará na fotografia do pai e olha sorrindo, ele sempre sorria. Gosta tanto do pai; então vem uma angústia, aquele nó no enraizado do coração. Os pensamentos são confusos. Os pés se movem em várias direções, é a inquietação que lhe domina, as mãos formigam e a garganta doi, fita Dan por vários minutos, este apenas lhe sorri ao mesmo tempo em que a voz grave e o rosto vincado por um tom cáustico decide assuntos importantes no computador e ao telefone. Caio está preste a desmoronar, é visível, está preste a cair em um abismo sem fim aos olhos de quem possa ver.  Caminhando lentamente enquanto o outro observava o rosto do patriarca da família, ali imortalizado na parede. O abraço é quente, não há outro lugar onde Caio queira está, não há outra coisa que Dan queira fazer. Abraço, conversas francas e sorriso.
- Desculpe! - Audrey parece está sem jeito - A secretária me mandou entrar. Temos umas coisas para acertar sobre o orçamento da próxima edição. - Os dois continuaram abraçados. Enquanto o olhar dela para o homem abraçado ao seu ex-noivo era de indagação, de inveja.
- Claro que lembro da nossa reunião. Tu já conheces o meu primo, o Sr. Wintersun do momento? - É visível o amor pulando das palavras de Dan para os ouvido de Audrey, é visível a timidez de Caio. Audrey o observa e sorri sinceramente.
- Então este é o nosso novo patrão? O prazer é meu. - Dan está feliz como nunca esteve antes, isso ela percebe com certa mágoa. Foi a primeira vez que Caio se vê como o dono daquilo tudo, nunca pensou em si como dono de nada, nunca se viu com tanta força em suas mãos. Sem jeito ele pede para sair da sala, ambos insistem para que ele fique, mas ele sai.
Existe aquele momento silencioso entre os dois. Ela diz que Caio é lindo, no que Dan concorda perfeitamente. Tentam falar de trabalho, mas apesar de tudo Audrey sempre foi a melhor amiga de Dan, ela não resiste e pergunta: - O que há entre vocês dois? Seja sincero comigo, vocês estão namorando?
- É tão óbvio assim. - Ela balança a mãos para cima e para baixo. Ele fica encabulado, como uma criança pega fazendo arte.
- Talvez para mim que te conheço melhor que todos seja óbvio. Mas para os outros seja apenas coisas entre primos. Tu ficas lindo apaixonado.
- Está tudo bem entre nós, Audrey?
- Claro que sim, eu te amo, e te amando quero apenas o melhor para tua vida. Eu vou confessar uma coisa, fiquei com um pouco de inveja desse tal de Caio.
- Como assim?
- Eu nunca ti vi rindo daquela forma enquanto fomos estávamos juntos. Uma felicidade sem igual. Estou feliz por ti, e pelo Caio.
- Nós vamos casar fim do mês.
- Eu quero ser a madrinha.
- Te amo Audrey. Não pensaria em pessoa melhor para me abençoar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O COMEÇO! (parte I)

 


deitado com a cabeça sobre suas mãos, sonhando acordado enquanto sorria, Caio está regozijado na cama.Os passos de Dan indicam que o banho terminou. Algo inédito acontecendo, Dan está cantarolando. Há no ambiente uma alegria incontrolável. Os dois entreolham-se, euforia, amor e cumplicidade no ar. Caio faz uma cara de aborrecimento e o sempre interessado Dan quer saber o que está lhe acontecendo.
- Está tudo bem? - Pergunta Dan enquanto seca os cabelos sem perder de vista o olhar do amado.
- Sim. Quero dizer não. Eu quero passar o resto do dia contigo. Fica mais um pouco, fica vai. - Os olhos meigos e negros de Caio por um momento quase convencem a Dan que o melhor é se meter nas cobertas, fechar os olhos, beijar aquele garoto lindo, quem sabe fazer amor com ele e ouvir o som da chuva. Não resistindo a aquele ser encantador, deita-se ao seu lado ainda molhado. Aconchegados um ao lado do outro, passa quarenta minutos. - Estou atrasado, preciso ir. Hoje, tenho que fazer muita coisa trabalho. E ainda temos muito antes da festa. Vem comigo? - As palavras soam mais um pedido de desculpas por não poder ficar do que um convite. Mas a palavra festa aguça a curiosidade latente de Caio.
- De que festas estamos falando, meu bem? - Há algo de angelical e ingênuo ao mesmo tempo que forte e másculo em Caio que extasea Dan.
- Nossa festa de casamento. Temos que planejar como será. O que foi, desistiu? Pensei que depois de hoje tudo estava resolvido. Está tudo bem? - Eufórico, Dan se pega quase desesperado e angustiado, isso é tão recente para si, pois sabe que o mundo parará se Caio resolver o abandonar agora, justo agora.
- Eu preciso de ti. - Um momento de alivio para Dan ao ouvir isto. - Hoje eu percebi que o teu coração batia junto com o meu, e que não foi apenas sexo o que fizemos, era algo mais, era como se eu e tu tivéssemos nos tornado a mesma pessoa, então percebi que cada momento que passo contigo me torno uma pessoa melhor.Eu te amarei para sempre e mais um dia. Eu tenho prazer ao teu ladou lado. Então quer fazer amor comigo mais uma vez antes de tu saíres para trabalhar?
 

sábado, 30 de janeiro de 2010

Dialogo na Madrugada fria.


o relógio marca 3:04, é madrugada. Sentado na janela, Dan vê a neblina recriminar o lado de fora da casa. Ele pára, observa Caio dormir, então se senta ao seu lado, desliza a mão pelo corpo do rapaz, acariciando os músculos, parece ao mesmo tempo um garoto e um adulto. Caio se deita sobre as cochas de Dan, enquanto este o acaricia os cabelos.
- Tu és tão lindo... tão perfeito, eu te amo. - Dan, fica constrangido com o silencio do primo; não houve reação nenhuma a sua declaração de amor. - Eu vou lutar pelo teu amor, vou enfrentar tudo e todos.
- Eu também te amo, Dan. E isso é novo para mim. Eu estou inseguro.
- Inseguro? Eu é quem deve fica inseguro e receoso, tu é mais jovem, mais bonito, mais alto, até mais rico que eu. Mas eu não estou receoso, eu estou sentido o meu corpo em chamas, é uma sensação que eu nunca senti, e na verdade não sei bem o que é.
- É que fico meio sem chão quando estou ao lado, sinto que posso atravessar um abismo sobre uma corda se tu tiveres segurando minha mão. Eu iria para o inferno por ti, eu iria para o inferno contigo.
- Então,  vamos atravessar esse inferno juntos e de mãos dadas, Caio.
Caio ri da resposta de Dan, mas este fica tímido, pois o sorrido do seu amado tem esse estranho e gentil milagre sobre ele. - Caio, se eu te pedir uma coisa, qualquer coisa no mundo tu me darias? - Caio liga o abajur liga o aparelho de som para ouvir um pouco de Cartola, pára encara seriamente Dan, e depois vem aquele grande, quente e mágico sorriso se chocar contra o humor duro e melancólico de Dan. - Claro que sim, basta me pedir.
- Então casa comigo. Vamos morar juntos. Vamos casar realmente. O que me dizes.
- Aceito,  aceito. Aceito! C-a-r-a-m-b-a! Estamos noivos, acho isso maravilhoso.
- Caio... Tu achas que a diferença de idade entre nós dois vai atrapalhar alguma coisa?
- Bem, Dan, quando eu tiver com 150 anos e tu com 160 acho que isso não fará muita diferença. Além do mais isso não me importa em nada. – Uma rápida pausa e um ar sombrio se manifesta no rosto angelical de Caio. - Tem uma tempestade dentro de mim e vou encará-la sem proteção nenhuma. Vou me deixar submergir por tudo o que eu estou sentindo.
- Por que estás falando isso meu menino?
- Eu sempre achei que era calmo quando na verdade eu fui controlado a vida toda,  na verdade eu deixo as pessoas decidirem tudo por mim. Que música eu ia ouvir, que esporte praticar, com quem andar, e até do que gostar. Isso pra não mencionar minha carreira. Sabe? Isso era confortável para mim. Eu não tinha que me preocupar com nada. Então, de repente percebi que tinha essa agonia dentro de mim o tempo todo. Tu sabes por que eu nunca fiz sexo a minha vida toda?
- Não, diz ai.
- Por que eu estava esperando por ti, todo esse tempo.
- Como assim?
- Eu percebi que eu não consigo fazer sexo apenas por fazer, quero que a minha primeira vez seja alguém realmente importante para mim e não uma prostitua ou alguém que eu conheci em um bar, como aconteceu com uns amigos meus. Parece uma idéia estúpida eu sei, mas fazer o que, né?
- Pelo contrario achei honesto e bonito de sua parte.
- Dan, se eu te pedir uma coisa qualquer coisa no mundo inteiro tu me daria?
- Sim, o que?
- É uma coisa que só tu podes me dar e que tu quase nunca usas: teu sorriso. Sorri para mim.




Alonso dos Andes

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Esperar a Chuva passar (3° passar)




Às vezes um desânimo se apodera do corpo de Dan e o deixa letárgico, ansioso, para enfim o deixar entediado e melancólico. Apressado ele arruma uma mochila colocando roupas dentro, abre a gaveta pega preservativos, arruma os documentos de trabalho para o próximo dia, veste-se, pára e respira cansado, a mistura de excitação, desejo e desanimo complicam-lhe o raciocínio. Por sua vez Caio tenta conversar com Dom em quanto o este prepara as refeições, contudo ele não consegue terminar um único pensamento, anda de um lado a outro, deixando o amigo agoniado com toda aquela agitação.
- Caio, eu sugiro que tu vás tomar um banho enquanto o teu Lobo Mau não vem.
- Lobo Mau? Por que Lobo Mau?  - Dom apenas riu da sua própria piada enquanto o amigo se retirava para o banho. Os pingos de chuva que se debatem contra pára-brisas do automóvel de Dan que vai acompanhando o ritmo cardíaco do motorista, ora rápido e relâmpago, ora calmo e sereno. A água molha o corpo do pensativo Caio, mais uma vez se pega pensando em sua vida, em todas as suas namoradinhas, em fazer ou não sexo, em virgindade, dinheiro, nos pais falecidos, em futebol, medicina, nos amigos e em Dan, há algo que o liga muito ao primo, mas que ainda não descobriu. Quando a campainha toca Caio sai de seu transe agudo para sua casa e para o que nela acontece. Dan olha surpreso para a figura do rapaz que o atendeu, parecia um roqueiro moderno que usa roupas de grifes e com tatuagens a mostra e seu cabelo desgrenhado.  Apressadamente Caio se veste colocando as primeiras roupas limpas que encontrou, veste-se com suas roupas de futebol, na camisa número 7 como seu sobrenome escrito. Os olhos de Dan brilharam assim que o avistou, estava parecendo como em seu sonho pornô. Percebendo a situação Dom os encaminha a sala de jantar, os serviu, pegou uma garrafa de uísque e discretamente se despede do amigo. O almoço corre silencioso até que Dan fitando os olhos de Caio pergunta:
- Caio o que tu queres comigo?-Aquela pergunta intimidou Caio de uma maneira profunda. – Sabe eu quero muita coisa contigo, meu menino, mas para isso eu preciso me sentir seguro.
-Eu não sei o que dizer, estou um pouco assustado, tudo está sendo muito rápido mas eu sei que te amo, te amo muito Dan.
Deitados lado a lado, com os lábios selados e os olhos atentos para tudo o que o outro fizesse. Dan quer muito sexo, quer aprofundar seu amor de uma forma erótica, mas Caio é cuidadoso e cauteloso com essas coisas, ele tem uma idéia de transar com a pessoa certa, na hora certa. A dúvida o corroia por dentro, seria Dan a pessoa para quem ele se guardou a toda a vida.
- Desculpe, acho que eu sou um idiota romântico, to parecendo uma menina com esse papo de virgindade, pessoa certa.
- Não seja machista, meu bem, se tu não estás pronto eu espero, quando se sentires à vontade nos faremos amor.  Sem pressão, sem pressa.
Timidamente Caio coloca a mão sobre o falo de Dan, este por sua vez riu. Beijaram-se, masturbara-se e dormiram. Então a chuva passou.