Canto do escritor:
Sente-se e sinta-se à vontade!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Alguns momentos com Dan...


acorda sem sentir o hálito deste dia, o frio adentra pela janela, e os raios noturnos ou raios solares não existem, no firmamento há apenas um vento indigo e sonolento que parece caminhar para lugar algum. Dan proucura roupas limpas, apenas agora percebe que tem passado tempo demais na casa do namorado. Descobre um mister agridoce em sua boca. Hoje dezeseis de julho, onde exatamente vinte oito anos se passam em sua vida pomposa e agitada. Inumeras mulheres já passaram por sua cama, todas amaram-o e todas deixaram-o, por que ele é um ser fantastico de olhos preguiçosos, olhos que tem o poder de despir qualquer alma cada vez que olha  nos olhos de alguém, sem a força para lutar as mulheres de sua vida fogem, antes delas se perdessem de vez na imensidão do mar que são tais olhos, á deriva ela abandonam-no.
Veste-se, escreve um bilhete para Caio e sai furtivo naquele ainda claroescuro e nublado momento. Dirige seu carro sem pressa. É uma fria quinta-feira, e em uma cidade como essa; em uma cidade grande como essa nunca se pode livrar-se totalmente do caos, da hiperatividade e da esquizofrenia frenetica urbana que nela está arraigada. O tempo não corre, não anda nem para trás ou para a frente.
Pelas ruas frias, fétidas e frívolas da cidade, Dan aponta seu olhar, em todas as direções, como  uma arma de fogo engatilhada pronta para atirar, ele mira em policiais em viaturas, policiais bolinando crinaças de quatorze, quinze anos em uma ruela escura; prostitutas de seios fartos e maquiagem borrada se exibindo para homens, afim de comprar o almoço das crianças; viu um homem sendo sodomizado em uma praça publica; sexo oral,  crack nas ruas; corações partidos e para cada emoção louca ele também presencia uma apatia igual ou dieferente.
 Assim que chega à praia, as ondas revoltas se acalmam e se animam para beija-lo. Ele parece um espectro elegante dentro do sujo terno italiano, a areia úmida comunga perfeitamente com seus pés descalços. Desde que acordara este é o primeiro miomento que respira, é uma respiração nova em sua vida; de repente a lembrança de Caio lhe renova o sorriso também, assim como seu prazer sexual.
Ao ermo um pouco ao longe contra a uma luz vindoura um ponto negro com faiscas eletricas. Dan se anima para andar até lá, e para sua surpresa ele encontra um belo pick-nick,com bolo de aniversário e tudo. A voz é firme e animada, jovial.
- Feliz vinte e oito Dan!
-Obrigado! Audrey.
- Eu quase perdi a esperança que tu fosses chegar.
- Sem querer ser indelicado, mas eu esqueci que eu tinha de te encontrar aqui hoje.
- Nós não marcamos nada, eu sabia que tu vinhas para cá.
-Como, querida, se nem eu mesmo sabia que vinha?
- Por que aqui é teu lugar favorito de ficar e eu te conheço muito bem. Senta ai, come  um pedaço bolo e diz que está bem. - No fundo ela estava pedindo para ele dizer que a amava. E ela sabe que estes olhos incriveis que a miram não a percentem mais.


A. A

terça-feira, 13 de julho de 2010

o testemunho de Caio.

meu nome é John Caio de Oliviera Wintersun. agora estou caído de boca em uma tempestade de sentimentos que crescem como um agravante de um mister misterioso... eu tenho 18 anos... eu amo futebol futebol futebol... passo muito tempo do meu tempo falando jogando futebol. eu estudo medicina na melhor universidade desta cidade. a medicina entrou na minha vida como tudo ou quase tudo meus pais ecolheram a minha profissão como quase todo o meu destino. Kyle Wintersun e Dóris de Oliveira são meus pais... ele era estadunidense e ela brasileira assim como eu. deve ser por isso que eu idolatro o futebol. eu era um bom filho único agora sou um magoado filho órfão. há um buraco  em meu cérebro? eu acredito que tenho um buraco negro em minha consciencia... e por mais que eu entenda a fisiologia dos sentimentos (eu estou frustrado)eu não consigo externar a dor de minha perda. investigo minhas memorias descubro que eu não choro. eu não lembro de ter chorado nem por alegria dor ou tristeza. eu devo ser algo excepcional. eu sim eu Caio tenho 18 anos e estudo medicina eu também amo um homem  que me ama. este meu amado amante se cham Dan Theodor Wintersun ele é meu primo que dez anos mais velho. eu sei que o amor não passa de enzimas e descargas eletricas que te vicia em alguém ou algo. quero dizer que o amor nada mais que o torpor dos nossos sentidos na projeção que fazemos de perfeição em outra pessoa... como eu ja disse eu entendo a fisiologia do amor mas eu estou viciado em Dan. viciado em seu corpo glabro seus  lábios vermelhos em seus braços em seu entendimento das engrenagens do mundo. Dan me pediu em casamento. minhas pernas ainda vacilam ao toque incendiador de seus dedos que abrem para o nosso prazer. ontem à noite eu transei pela primeira vez. a voz de Dan ficava mais rouca e grave a cada palavra que luxuriosa que ele falava para mim ao meu ouvido palavras ternas e calidas mas exicitantes tais palavras penetravam diretamente meu entendimento do universo que cabe dentro do sorriso do meu Dan. todo ele me queima por dentro com o sabor de meu desejo por te-lo cada vez mais dentro de mim.será que o principe encantado pode  casar com outro principe encantado? Dan está sentado ao meu lado todo a nossa familia está presente. o advogado do meu pai está a ler o testamento deles para mim... tudo o que era deles é meu agora e meu ouvido perdeu o dom de ouvir não ouço nada. há um sentimento estranho que aperta meu estomago. disfarçadamente minha mão tateia o ar em busca de conforto e a mão de Dan encontra a minha  ele me conquista dedo a dedo até fincar em minha vida a bandeira com seu simbolo. eu passo a sentir o calor de sua respiração. o hálito quente de seus olhos adentrando cada vez mais profundamente minha emoções e meu corpo.  Dan me abre me folheia me le e me fecha como seu livro favorito. eu deito minha cabeça em seu ombro. ele ainda segura minha mão. o cheiro dele me transporta para a noite passada minhas pernas vacilam ao toque de suas mãos que despem minha roupa eu sinto o peso de seu corpo sobre o meu. eu entregando minha vida a primeira pessoa que amei sem reservas magoas. eu me entrego ao poder avassalador e gigantesco que este homem tem sobre mim. meu homem. eu consigo ouvir as batidas do coração dele que tranquilamente acompanha as batidas de meu coração . tudo parece sombrio hoje... hoje eu acordei sem virgulas. todas as minhas virgulas foram arrancadas como toque imponente e ardoroso de meu Dan.



Alonso dos Andes