Canto do escritor:
Sente-se e sinta-se à vontade!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

o Começo (2° parte)



Há uma estranheza nos corredores da Wintersun Corp. A estranheza se dar por vários motivos; Dan chega atrasado, sua face sisuda está amenizada e ao seu lado um garoto, que até chega a lembrar-lo quando jovem. As ordens que são dadas como sempre: simples, explicadas, diretas se chocam contra aquele clima ameno e temperado.
As horas passam lentamente para Caio, sentado no sofá daquele escritório o tédio começa a lhe dominar. A fotografia dos antigos presidentes da empresa lhe encomodam, seus antepassados, seu próprio pai, o ambiente em si o machuca e na verdade ele não sabe o que está sentindo, estando pela primeira vez naquele lugar tão importante para todos que ele ama e amou. Pará na fotografia do pai e olha sorrindo, ele sempre sorria. Gosta tanto do pai; então vem uma angústia, aquele nó no enraizado do coração. Os pensamentos são confusos. Os pés se movem em várias direções, é a inquietação que lhe domina, as mãos formigam e a garganta doi, fita Dan por vários minutos, este apenas lhe sorri ao mesmo tempo em que a voz grave e o rosto vincado por um tom cáustico decide assuntos importantes no computador e ao telefone. Caio está preste a desmoronar, é visível, está preste a cair em um abismo sem fim aos olhos de quem possa ver.  Caminhando lentamente enquanto o outro observava o rosto do patriarca da família, ali imortalizado na parede. O abraço é quente, não há outro lugar onde Caio queira está, não há outra coisa que Dan queira fazer. Abraço, conversas francas e sorriso.
- Desculpe! - Audrey parece está sem jeito - A secretária me mandou entrar. Temos umas coisas para acertar sobre o orçamento da próxima edição. - Os dois continuaram abraçados. Enquanto o olhar dela para o homem abraçado ao seu ex-noivo era de indagação, de inveja.
- Claro que lembro da nossa reunião. Tu já conheces o meu primo, o Sr. Wintersun do momento? - É visível o amor pulando das palavras de Dan para os ouvido de Audrey, é visível a timidez de Caio. Audrey o observa e sorri sinceramente.
- Então este é o nosso novo patrão? O prazer é meu. - Dan está feliz como nunca esteve antes, isso ela percebe com certa mágoa. Foi a primeira vez que Caio se vê como o dono daquilo tudo, nunca pensou em si como dono de nada, nunca se viu com tanta força em suas mãos. Sem jeito ele pede para sair da sala, ambos insistem para que ele fique, mas ele sai.
Existe aquele momento silencioso entre os dois. Ela diz que Caio é lindo, no que Dan concorda perfeitamente. Tentam falar de trabalho, mas apesar de tudo Audrey sempre foi a melhor amiga de Dan, ela não resiste e pergunta: - O que há entre vocês dois? Seja sincero comigo, vocês estão namorando?
- É tão óbvio assim. - Ela balança a mãos para cima e para baixo. Ele fica encabulado, como uma criança pega fazendo arte.
- Talvez para mim que te conheço melhor que todos seja óbvio. Mas para os outros seja apenas coisas entre primos. Tu ficas lindo apaixonado.
- Está tudo bem entre nós, Audrey?
- Claro que sim, eu te amo, e te amando quero apenas o melhor para tua vida. Eu vou confessar uma coisa, fiquei com um pouco de inveja desse tal de Caio.
- Como assim?
- Eu nunca ti vi rindo daquela forma enquanto fomos estávamos juntos. Uma felicidade sem igual. Estou feliz por ti, e pelo Caio.
- Nós vamos casar fim do mês.
- Eu quero ser a madrinha.
- Te amo Audrey. Não pensaria em pessoa melhor para me abençoar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O COMEÇO! (parte I)

 


deitado com a cabeça sobre suas mãos, sonhando acordado enquanto sorria, Caio está regozijado na cama.Os passos de Dan indicam que o banho terminou. Algo inédito acontecendo, Dan está cantarolando. Há no ambiente uma alegria incontrolável. Os dois entreolham-se, euforia, amor e cumplicidade no ar. Caio faz uma cara de aborrecimento e o sempre interessado Dan quer saber o que está lhe acontecendo.
- Está tudo bem? - Pergunta Dan enquanto seca os cabelos sem perder de vista o olhar do amado.
- Sim. Quero dizer não. Eu quero passar o resto do dia contigo. Fica mais um pouco, fica vai. - Os olhos meigos e negros de Caio por um momento quase convencem a Dan que o melhor é se meter nas cobertas, fechar os olhos, beijar aquele garoto lindo, quem sabe fazer amor com ele e ouvir o som da chuva. Não resistindo a aquele ser encantador, deita-se ao seu lado ainda molhado. Aconchegados um ao lado do outro, passa quarenta minutos. - Estou atrasado, preciso ir. Hoje, tenho que fazer muita coisa trabalho. E ainda temos muito antes da festa. Vem comigo? - As palavras soam mais um pedido de desculpas por não poder ficar do que um convite. Mas a palavra festa aguça a curiosidade latente de Caio.
- De que festas estamos falando, meu bem? - Há algo de angelical e ingênuo ao mesmo tempo que forte e másculo em Caio que extasea Dan.
- Nossa festa de casamento. Temos que planejar como será. O que foi, desistiu? Pensei que depois de hoje tudo estava resolvido. Está tudo bem? - Eufórico, Dan se pega quase desesperado e angustiado, isso é tão recente para si, pois sabe que o mundo parará se Caio resolver o abandonar agora, justo agora.
- Eu preciso de ti. - Um momento de alivio para Dan ao ouvir isto. - Hoje eu percebi que o teu coração batia junto com o meu, e que não foi apenas sexo o que fizemos, era algo mais, era como se eu e tu tivéssemos nos tornado a mesma pessoa, então percebi que cada momento que passo contigo me torno uma pessoa melhor.Eu te amarei para sempre e mais um dia. Eu tenho prazer ao teu ladou lado. Então quer fazer amor comigo mais uma vez antes de tu saíres para trabalhar?